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MONITORIZAÇÃO LABORATORIAL DA INFECÇÃO ATIVA PELO CITOMEGALOVÍRUS EM PACIENTES TRANSPLANTADOS
(especial para SIIC © Derechos reservados)
Autor:
Sandra Helena Alves Bonon
Columnista Experto de SIIC

Artículos publicados por Sandra Helena Alves Bonon 
Coautor Sandra Helena Alves Bonon* 
Biologista, Campinas, Brasil*


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Aprobación: 7 de abril, 2007
Conclusión breve
No monitoramento da infecção ativa pelo citomegalovírus após o transplante de células progenitoras hematopoéticas, a antigenemia e a reação em cadeia da polimerase são superiores à sorologia, porém, os testes sorológicos podem ser úteis, principalmente quando a Nested-PCR não for disponível.

Resumen



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Especialidades
Principal: Diagnóstico por LaboratorioTrasplantes
Relacionadas: BioquímicaHematologíaInfectologíaInmunologíaMedicina Interna

Enviar correspondencia a:
Sandra Cecilia Botelho Costa, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Faculdade de Ciências Médicas Departamento de Clínica Médica, 13083-970, Campinas, Brasil



MONITORIZAÇÃO LABORATORIAL DA INFECÇÃO ATIVA PELO CITOMEGALOVÍRUS EM PACIENTES TRANSPLANTADOS

(especial para SIIC © Derechos reservados)
Artículo completo
O citomegalovírus humano (HCMV) pertence à família Herpesviridae e é a mais importante causa de doença e morte em pacientes imunossuprimidos, incluindo os receptores de transplantes de órgãos e de medula óssea, pacientes com câncer, os portadores da síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA), os submetidos à quimioterapia e os que fazem uso de drogas imunossupressoras.1 No Brasil, cerca de 80% a 100% da população acima dos 25 anos está infectada com o vírus, que permanece em latência no organismo infectado.2 A transmissão pode ocorrer através do contágio parenteral (sangue e hemoderivados), inter-humano, através do contato direto com fluidos corporais (urina, saliva, leite materno, sangue, lágrimas, sêmen e fluido vaginal), via materno-fetal (via canal de parto, pós-parto ou transmissão intra-uterina) e através de transplantes de órgãos. A reativação da latência viral pode ocorrer em situações em que o indivíduo se torne imunossuprimido, caracterizando o HCMV como um agente oportunista. Um dos fatores que mais tem contribuído para um aumento na ocorrência da infecção ativa por HCMV é a utilização de drogas imunossupressoras.3 Os sinais clínicos da infecção primária em pacientes imunocompetentes quando ocorrem são semelhantes aos da mononucleose infecciosa (febre prolongada, fraqueza, astenia, sudorese, mialgia, hepatomegalia, esplenomegalia ou ambos e adenopatia). Em pacientes imunossuprimidos, a infecção ativa pelo HCMV pode estar associada a doenças de difícil tratamento, tais como pneumonite, retinite, meningoencefalite, neuropatias, vasculites, miocardites, esofagites e colites.4


O diagnóstico clínico da infecção ativa ou da doença por HCMV é difícil de ser firmado, sendo necessária a utilização de diagnóstico laboratorial. Os pacientes com alto risco de desenvolver doença por HCMV devem ser monitorizados através de métodos diagnósticos precoces de infecção ativa que permitam a utilização adequada de estratégias de prevenção do desenvolvimento de doença por HCMV com o uso de terapias antivirais. Métodos rápidos e precoces de detecção de infecção ativa por HCMV são extremamente importantes para o início do tratamento antiviral, que muitas vezes, é necessário antes mesmo da manifestação dos sintomas clínicos. Diferentes técnicas de diagnóstico têm sido utilizadas para detectar o HCMV, incluindo cultura por shell vial, antigenemia pp65, análise do DNA do HCMV pela reação em cadeia da polimerase (PCR) qualitativa e quantitativa e detecção do RNAm.5-7 O diagnóstico poderá também ser feito através da presença do vírus em materiais obtidos por biópsia. Os testes mais indicados para investigar a presença da infecção ativa pelo HCMV são a antigenemia, que detecta o antígeno pp65 em leucócitos do sangue periférico e a reação em cadeia da polimerase tipo nested (N-PCR), que é mais sensível que a antigenemia. Apesar da baixa sensibilidade dos testes sorológicos IgM e IgG em detectar anticorpos anti-HCMV devido à imunossupressão dos pacientes, os testes sorológicos podem ser úteis no monitoramento da infecção por HCMV após o transplante, principalmente quando a N-PCR não for disponível.8


Os métodos mais usados para a prevenção da doença pelo HCMV são a profilaxia universal e a terapia precoce pré-emptiva. A profilaxia universal consiste na administração de medicação anti-HCMV pós o transplante e é continuada por um período de tempo determinado. A terapia pré-emptiva consiste na administração da medicação anti-HCMV quando ocorre evidência laboratorial de replicação do HCMV, mesmo em indivíduos assintomáticos. A estratégia de escolha utilizada para prevenir a doença por HCMV é o tratamento pré-emptivo com ganciclovir, dirigido pela monitorização laboratorial com técnicas rápidas e precoces, como a antigenemia e a N-PCR. Esta estratégia tem-se mostrado eficaz na redução do risco de doença por HCMV.6
Bibliografía del artículo
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