Introdução
Os micoplasmas, termo usado não só para descrever os microrganismos do género
Mycoplasma, mas também todos os pertencentes à classe Mollicutes,
são caracterizados pela ausência de parede celular, pelo seu pequeno genoma
e pela sua simplicidade estrutural. Como não têm parede são muito frágeis e
pleomórficos. O seu pequeno genoma é responsável pelo limitado número de vias
metabólicas que possuem, o que se traduz numa complexidade de requisitos
nutricionais, dificultando a sua manipulação laboratorial.1
A existência de ureaplasmas, inicialmente denominados micoplasmas T (tiny)
devido ao facto de produzirem colónias pequenas, foi reconhecida em 1954, sendo
então designados por Ureaplasma urealyticum, dada a sua capacidade de
hidrolizar a ureia.2 Desde essa altura, tem sido identificado no cérvix
ou na vagina de 40%-80% das mulheres sexualmente activas assintomáticas,
sendo esta percentagem mais baixa nos homens.3,4 É
presentemente indiscutível a sua capacidade de originar ou estar associado a
doença nos seres humanos.
Conhecem-se 14 serotipos de U. urealyticum, que foram agrupados em
dois biovares: parvobiovar (devido ao pequeno tamanho do seu genoma), o mais
frequente, que inclui os serotipos 1, 3, 6 e 14, e o biovar 2 ou T960, que
compreende os restantes serotipos.5-7 Para além do tamanho dos
seus genomas, os dois biovares distinguem-se com base em diferentes perfis
electroforéticos de proteínas em gel de poliacrilamida uni e bidimensionais,
homologia DNA-DNA, diferentes padrões de restrição por digestão com
endonucleases, padrões de RFLP distintos, diferentes sensibilidades ao manganésio,
etc.6-8
Em 2001, Robertson et al, classificaram os 2 biovares como sendo espécies
diferentes, não só pelas características anteriores, mas sobretudo devido ao facto
de possuírem sequências nucleotídicas divergentes de vários genes altamente
conservados, o que veio provar a distinção filogenética entre os 2 biovares e
consequentemente a criação de 2 espécies: U. parvum, correspondente ao
parvobiovar, e U. urealyticum, antigo T960.9,10
Serotipos
U. parvum é isolado mais frequentemente, mas alguns estudos
sugerem que U. urealyticum é a espécie mais prevalente em mulheres
com doença inflamatória pélvica (DIP) e corrimento vaginal.4 Mais
recentemente, também alguns serotipos têm sido mais associados a doenças que
outros.11 Por exemplo, o serotipo 4 é mais frequente em recém-
nascidos com complicações e o serotipo 8 em mulheres com gravidez de
risco.4 Além disso, tem sido sugerido que um anticorpo-serotipo-
específico pode ser necessário para protecção contra doenças invasivas causadas
por este microrganismo.12 Estudos preliminares sugeriram que a
capacidade de invasão não está relacionada apenas com um serotipo, parecendo
ser mediada por outras propriedades inerentes a todos, como a capacidade de
alterar facilmente os antigénios de superfície.12 Assim, alterações
num antigénio de superfície, o antigénio de múltiplas bandas (MBA), responsável
pela variabilidade de Ureaplasma spp, podem reflectir-se na capacidade de
alguns serotipos evitarem o sistema imunitário e passar do estado comensal ao
estado patogénico.12 O antigénio de múltiplas bandas foi já
caracterizado fenotipicamente, revelando ser específico de espécie, contendo não
só epitopos específicos de serotipo, mas também originando reacções cruzadas,
sendo produzido quer in vivo, quer in vitro.13 As variações deste
antigénio parecem ser determinantes importantes da virulência de Ureaplasma
spp.14,15 A sequência do gene que codifica para este antigénio
é já conhecida para o serotipo 3 de referência, mostrando que o MBA contém um
péptido sinal e um local de acilação na região N-terminal, enquanto que a região C-
terminal é composta por múltiplas unidades de repetição em "tandem", incluindo
epitopos específicos de serotipo.15 Alterações no número de cópias
das unidades de repetição resultam numa variação de tamanho do
gene.12,13,15
Locais de colonização e epidemiologia
Os ureaplasmas, tal como os micoplasmas em geral, residem nas superfícies
mucosas do aparelho respiratório e urogenital. Limitam-se, na sua maioria, à
superfície epitelial, raramente penetrando a submucosa. São extracelulares,
podendo contudo algumas espécies de micoplasmas localizar-se
intracelularmente.16
Embora o local primário de colonização seja o aparelho urogenital inferior, graças
ao recente desenvolvimento das técnicas de PCR tem sido possível localizar
Ureaplasma spp. noutros locais do corpo humano. A colonização por parte
destes microrganismos está relacionada com a idade jovem, com o baixo estatuto
económico, com a actividade sexual com parceiros múltiplos, com a etnia negra e
com o uso de anticontraceptivos orais.17
Manifestações clínicas
Ureaplasma spp. pode ser encontrado na vagina de 40% a 80% das
mulheres sexualmente activas assintomáticas, sendo esta percentagem mais baixa
nos homens.3,4 É presentemente indiscutível a sua capacidade de
originar uretrite não gonocócica (UNG), complicações durante a gravidez e doenças
nos recém-nascidos, aumentando o risco de nascimento
prematuro.2,7,8,14 Tem-se demonstrado que este microrganismo
apresenta uma elevada prevalência no aparelho genital de mulheres
grávidas.8 Assim, de acordo com determinados factores de risco,
43.3% a 81.1% destas mulheres são colonizadas por Ureaplasma spp.,
tendo sido sugerido por alguns autores como responsável por complicações na
gravidez, morbilidade e mortalidade neonatal, endometrite, corioamnionite, ruptura
prematura de membranas, parto prematuro, recém-nascidos com baixo peso (< 1.5
kg), febre pós-parto e pós-aborto e por pneumonia e meningite em recém nascidos
com muito baixo peso.8,11,18-20 A passagem deste agente para a
cavidade amniótica tem sido apontada como sendo um importante factor para o
prognóstico da gravidez: a presença deste microrganismo no líquido amniótico tem
sido sugerida como o maior factor de risco, embora o diagnóstico, na maioria dos
casos, não se execute ou não seja de todo efectuado.21,22 Este
micoplasma é o mais frequentemente isolado, quer a partir do líquido amniótico,
quer da placenta de mulheres com gravidez pré-termo com ou sem membranas
intactas ou com pré-termo com ruptura prematura de membranas.21-
23 Alguns estudos relatam cultura positiva de Ureaplasma spp. a
partir de líquido amniótico de mulheres assintomáticas no 2º trimestre de gravidez,
tendo a falta de terapêutica nessas mulheres sido considerada um risco para a
gravidez (parto prematuro).21,22
É também o microrganismo mais frequentemente isolado a partir do aparelho
respiratório de recém-nascidos prematuros,21,23 podendo ser
responsável por hipertensão pulmonar persistente, doença crónica do
pulmão,4,14 displasia broncopulmonar,4 aborto
espontâneo,20 infertilidade,20 infecção crónica do
sistema nervoso central4 e septicemia.24
Foi isolado no líquido cefaloraquidiano (LCR), tendo-lhe sido atribuída a
responsabilidade de ocasionar sequelas neurológicas, assim como tem sido também
associado a cálculos urinários, prostatites, epididimites, artrites (principalmente em
doentes hipogamaglobulinémicos com poliartrite reactiva destrutiva), síndroma de
Reiter, a infecção disseminada em imunocomprometidos, DIP e a vaginose
bacteriana.22,25
Colheita de produtos biológicos: transporte e sua manutenção
Quase todos os produtos biológicos podem ser submetidos a identificação de
Ureaplasma spp., atendendo à natureza da condição clínica. Assim,
produtos líquidos como sangue, líquido sinovial, LCR, urina, secreções prostáticas,
secreções vaginais ou cervicais, saliva, líquido pleural, secreções da traqueia e
nasofaríngeas, podem ser laboratorialmente processados. Pode ainda diagnosticar-
se este agente a partir de placenta, tecidos provenientes de autópsia ou biópsia,
etc, desde que se suspeite de infecção por este
microrganismo.26,27
Devido à frágil natureza destes agentes, especial cuidado deve ser tido na colheita
dos produtos biológicos, no transporte, na qualidade do meio de cultura e na
conservação.26
Para a colheita de exsudados, apenas se devem utilizar zaragatoas de Dacron, de
alginato de cálcio ou de poliester. Como não possuem parede, e tal como os outros
micoplasmas, os ureaplasmas são extremamente sensíveis às condições
ambientais, particularmente à secagem, às alterações osmóticas, etc, não devendo
ser sujeitos a flutuações ambientais.26,27
No caso dos produtos biológicos líquidos, não é necessário meio de transporte se
forem inoculados em meio de cultura, num período de tempo não superior a 1 h
após a colheita.26 Se os produtos permanecerem à temperatura
ambiente sem serem inoculados em meio de transporte, pode haver uma redução
significativa da viabilidade destes agentes e crescimento de bactérias
contaminantes.26 Os meios SP2, tripticase de soja com soro e de
Stuart podem ser usados como meio de transporte. As amostras clínicas devem ser
guardadas a 4ºC, se o seu transporte para o laboratório se processar dentro de 24
h. Se isto não for possível, devem guardar-se a -70ºC e serem transportadas em
gelo.
Diagnóstico laboratorial de ureaplasmas
Cultura
Os ureaplasmas, assim como os micoplasmas em geral, são microrganismos
nutricionalmente fastidiosos, podendo não ser possível produzir um meio de cultura
óptimo que permita o crescimento de todas as espécies ou de todas as estirpes da
mesma espécie.26,27
O caldo Shepard 10B pode ser utilizado para o crescimento de M. hominis
e de Ureaplasma spp., assim como a gelose A7. O caldo de azul de
bromotimol (B Broth) tem também sido recomendado para o isolamento primário
de Ureaplasma spp., permitindo ao mesmo tempo o crescimento de M.
hominis, sendo contudo o caldo Shepard's 10 B o mais
utilizado.26,27 Os meios liquídos incluem um indicador de pH
(vermelho de fenol) e ureia, entre outros componentes. Com o metabolismo da
ureia, o pH sobe, verificando-se uma alteração da cor do meio de amarelo-
alaranjado para vermelho-framboesa, sem que haja turvação do mesmo. Os meios
sólidos devem incluir MnSO4, de modo a poder-se visualizar as
colónias ao microscópio (Amp = 100x), aparecendo estas castanhas. Os caldos
devem ser incubados a 37ºC em aerobiose e os meios de gelose a 37ºC, numa
atmosfera com 5% CO2 e visualizados diariamente durante 1
semana.27
Para estes dois micoplasmas genitais existem meios comerciais que, para além da
cultura permitem a quantificação e a avaliação da sensibilidade a alguns dos
antibióticos mais comuns no tratamento de infecções do foro
genital.3,27,28
Testes serológicos
Existem 2 tipos de testes serológicos: o primeiro compreende os testes de
inibição do crescimento ou de funções metabólicas, os quais são específicos, mas
pouco sensíveis. No entanto, aqueles que se baseiam na inibição do metabolismo
ou micoplasmicidas são suficientemente específicos para identificar os agentes e
são também os mais sensíveis, embora estejam no limiar de detecção dos
anticorpos. O 2º tipo consiste na imunofluorescência em colónias. O maior
problema destas técnicas é a existência de vários serotipos, pois a maioria dos
testes serológicos reage especificamente com um anticorpo, sendo necessários uma
bateria de antisoros.29
Técnicas baseadas na PCR
Tal como para os outros micoplasmas, encontram-se descritas várias técnicas
de PCR que permitem não só a detecção de Ureaplasma spp., como
também a distinção entre as suas 2 espécies. As mais conhecidas têm como alvo o
gene 16SrRNA,4 o gene do antigénio de bandas múltiplas
(mba)30 e o gene da urease.31
Serotipagem
Embora existam cada vez mais dados científicos indicando que apenas alguns
serotipos causam doença, não existem até à data métodos de serotipagem
disponíveis para uso na rotina laboratorial. Contudo, o desenvolvimento de
tecnologias baseadas na PCR, tais como a técnica de AP-PCR32 e de
PCR-SSCP,33 permitem já a biotipagem. A serotipagem utilizando
anticorpos monoclonais começa também a ser possível.34
Discussão
É cada vez mais notória a evidência de que os ureaplasmas podem ser agentes ou
co-factores de doença humana. No entanto, ainda muito poucos laboratórios fazem
o seu diagnóstico de rotina. Para além disso, não existe um procedimento
"standard" para o diagnóstico destas infecções, o que muitas vezes dificulta o seu
diagnóstico e a investigação nesta área. Nos últimos anos, o desenvolvimento de
novas tecnologias tem tornado cada vez mais acessível a associação destes agentes
a várias patologias. Embora as associações encontradas ainda não sejam
suficientes para esclarecer definitivamente o seu papel em vários síndromas
clínicos, torna-se necessário saber quais os serotipos mais patogénicos e em que
patologias estão implicados, pelo que a necessidade de mais estudos sobre estes
microrganismos se torna premente. Tal como anteriormente mencionado, a
eventual confirmação da associação de determinados serotipos a sindromas
específicos não deve ser esquecida. O desenvolvimento de uma técnica de PCR
multiplex ou de real-time PCR que em duas reacções, uma para U. parvum,
outra para U. urealyticum, detectasse todos os serotipos existentes,
seria também um grande avanço no conhecimento e na compreensão destes
agentes.
Los autores no manifiestan conflictos.
BIBLIOGRAFÍA
-
Miles RJ, Nicholas RA. Introduction. From methods in molecular biology, vol
104: Mycoplasma protocols, edited by R J Milles and R A J Nicholas, Humana Press
Inc. 1998. Totowa, NJ. Pag. 1-5.
-
Taylor-Robinson D, Furr PM. Update on sexually transmitted mycoplasmas.
Lancet, 1998 351 (suppl III):12-15.
-
Clegg A, Passey M, Joannes M et al. High rates of genital mycoplasma infection
in the highlands of Papua New-Guinea determined both by culture and by a
commercial detection kit. J Clin. Microbiol, 1997, 35 (11):197-200.
-
Abele-Horn M, Wolff C, Dressel P et al. Association of Ureaplasma
urealyticum biovars with clinical outcame for neonates, obstetric patients and
ginecological patients with pelvic inflammatory disease. J Clin Microbiol,1997,
35(5):1199-1202.
-
Kong F, James G, Zhenfang MA et al. Phylogenetic analysis of Ureaplasma
urealyticum– support for the establishment of a new species Ureaplasma
parvum. Int J Syst Bacteriol, 1999. 49:1879-889.
-
Harasawa R, Kanamoto Y. Differentiation of two biovars of Ureaplasma
urealyticum based on the 16S-23S rRNA intergenic spacer region. J Clin
Microbiol, 1999, 37(12):4135-38.
-
Echahidi F, Muyldermans G, Lawers S et al. Development of monoclonal
antibodies against Ureaplasma urealyticum serotypes and their use for
serotyping clinical isolates. Clin Diagnost Lab Immunol, 2000, 7(4):563-567.
-
Davis JK, Crouse DT, Robertson JA et al. The role of Ureaplasma
urealyticum in human reprodutive and neonatal diseases. Infect Dis Rev,
1999, 1(3):200-207.
-
Kong F, Sillis M, Robertson JA. Molecular genotyping of human Ureaplasma
urealyticum species based on multiple-banded antigen (MBA) gene sequences.
Int J Syst Evol Microbiol, 2000, 50(5):1921-9.
-
Robertson J, Stemke G, Davis JRJ et al. Proposal of Ureaplasma parvum
sp. nov. and emended description of Ureaplasma urealyticum
(Shepard et al. 1974) Robertson et al. 2001. Int J Syst Evol Microbiol, 2002,
52:587-597.
-
Povlsen K, Thorsen P, Lind I. Relationship of Ureaplasma urealyticum
biovars to the presence or absence of bacterial vaginosis in pregnant women
and to the time to delivery. Eur J Clin Microbiol, 2001, 20(1):65-7.
-
Zheng X, Lau K, Frasier M et al. Epitope mapping of the gene of the variable
repetitive region within the MB antigen of Ureaplasma urealyticum. Clin
Diagnost Lab Immunol, 1996, 3(6):774-78.
-
Zheng X, Teng LJ, Watson HL et al. Small repeating units within the antigen of
Ureaplasma urealyticum MB antigen gene encode serovar specificity and
are associated with antigen size variation. Infect Immun, 1995, 63(3):891-98.
-
Nelson S, Matlow A, Johnson G et al. Detection of Ureaplasma urealyticum
in endotracheal tube aspirates from neonates by PCR. J Clin Microbiol, 1998,
136(5):1236-1239.
-
Kong F, Zhu X, Wang W et al. Comparative analysis and serovar-specific
identification of multiple- banded antigene genes of Ureaplasma urealyticum
biovar 1. J Clin Microbiol, 1999, 37(3):538-543.
-
Razin S, Yogev D, Naot Y. Molecular biology and pathogenicity of mycoplasmas.
Microbiol Mol Biol Rev, 1998, 62 (4):1094-1156.
-
Hussain AI, Robson WLM, Kelley R et al. Mycoplasma penetrans and
other mycoplasmas in urine of Human Immunodeficiency Vírus- positive children. J
Clin. Microbiol, 1999, 37 (5):1518-1523.
-
Luki N, Lebel P, Boucher M et al. Comparison of polymerase chain reaction
assay with culture for detection of genital mycoplasmas in perinatal infections. Eur J
Clin Microbiol Infect Dis, 1998, 17:255-263.
-
Cordova CMM, Cunha RAF. Importância da pesquisa de Micoplasmas no trato
urogenital. Laes&haes, 1999, 121:110-124.
-
Naessens A, Poulon W, Breynaert J et al. Serotypes of Ureaplasma
urealyticum isolated from normal pregnant women and patients with
pregnancy complications. J Clin Microbiol, 1988, 26 (2):319-322.
-
Aaltonen R, Jalava J, Laurikainen E et al. Cervical Ureaplasma urealyticum
colonization: comparison of PCR and culture for its detection and association
with preterm birth. Scand J Infect Dis, 2002, 34:35-40.
-
Gerber S, Vial Y, Hohlfeld P et al. Detection of Ureaplasma urealyticum
in second-trimester amniotic fluid by polymerase chain reaction correlates with
subsequent preterm labor and delivery. J Infect Dis, 2003, 187:518-521.
-
Manimtim W, Hasday J, Hester L et al. Ureaplasma urealyticum
modulates endotoxin-induced cytokine release by human monocytes derived
from preterm and term newborns and adults. Infect Immun, 2001, 69 (6):3906-
3915.
-
Cunningham C, Bonville C, Hagen J et al. Immunoblot analysis of anti-
Ureaplasma urealyticum antibody in pregnant women and newborn
infants. Clin Diagn Lab Immunol, 1996, 3 (5):487-492.
-
Baseman JB, Tully JG. Mycoplasmas: Sophisticated, reemerging, and burdened
by their notoriety. Emerg Infect Dis, 1997; 3 (1):21-31.
-
Waites KB, Bébéar CM, Robertson JA et al. Laboratory diagnosis of
mycoplasmal infections, 34 In: Cumitech Eds. ASM press 2001:1-29.
-
Taylor P. Medical significance of mycoplasmas. In: Milles RJ, Nicholas RAJ, eds.
Methods in molecular biology, vol 104: Mycoplasma protocols. Totowa, NJ: Humana
Press Inc 1998:7-12.
-
Domingues D, Tavira L, Duarte A et al. Genital mycoplasmas in women
attending a family planning clinic in Guine-Bissau and their susceptibility to
antimicrobial agents. Acta Trop 2003; 86 (1):19-24.
-
CD dst
-
Domingues D, Tavira L, Duarte A et al. Ureaplasma urealyticum biovar
determination in women attending a family planning clinic in Guiné-Bissau, using
Polymerase Chain Reaction of the multiple-banded antigen gene. J Clin Lab Anal,
2002, 16:71-75.
-
Blanchard A, Hentschel J, Duffy L et al. Detection of Ureaplasma
urealyticum by polymerise chain reaction in the urogenital tract of adults, in
amniotic fluid, and in the repiratory tract of newborns. Clin Infect Dis, 1993, 17
(suppl 1):S148-53.
-
Knox C, Tims P. Comparison of PCR, nested PCR, and random amplified
polymorphic DNA PCR for detection and typing of Ureaplasma urealyticum
in specimens from pregnant women. J Clin Microbiol, 1998, 36 (10):3032-
3039.
-
Pitcher D, Sillis M, Robertson JA. Simple method for determining biovar and
serovar types of Ureaplasma urealyticum clinical isolates using PCR-single-
strand conformation polymorphisms analysis. J Clin Microbiol, 2001, 39(5):1840-4.
-
Echahidi F, Van Geel K, Lawers S et al. Comparison of two methods for
serotyping Ureaplasma urealyticum clinical isolates. J Microbiol Methods,
2002, 49(2):157-61.
|