Red Científica Iberoamericana

A PRESENÇA (LA PRESENCIA) DE MARCADORES IMUNOLÓGICOS PODE SER ESSENCIAL NA PREDIÇÃO E (PARA LA PREDICCIÓN Y EL) DIAGNÓSTICO DO (DE LA) DIABETES TIPO 1

Daiane Bolzan Berlese1 y Thaís Dalzochio2
1, Universidade Feevale, Novo Hamburgo, Brasil
2, Universidade Feevale, Novo Hamburgo, Brasil

Novo Hamburgo, Brasil (SIIC)

A detecção de múltiplos anticorpos prediz o desenvolvimento do (predice la aparición de la) diabetes e praticamente confirma o seu diagnóstico inúmeras vezes quando este não pode ser realizado baseado apenas na (en múltiples ocasiones cuando éste no puede basasrse solamente en la) sintomatologia.

O (La) diabetes mellitus do tipo 1 (DBT1) é uma doença autoimune órgão específica (enfermedad autoinmune específica de órgano) responsável por 5%-10% de todos os casos de diabetes. Diferentemente do diabetes do tipo 2 (DBT2), onde há um grau (en donde hay un grado) variado de resistência à insulina, bem como uma deficiência desta (así como una deficiencia de ésta), o DBT1 é caracterizado pela destruição seletiva das (por la destrucción selectiva de las) células ß pancreáticas produtoras de insulina, o que consequentemente leva a um quadro (lleva a un cuadro) de hiperglicemia. Ambos os tipos de diabetes causam complicações micro e macrovasculares a longo prazo (a largo plazo), resultando em aumentos na (en la) morbidade e mortalidade.
A autoimunidade benigna é caracterizada pela presença (por la presencia) de um único anticorpo e/ou baixos títulos de autoanticorpos, e não necessariamente progride para a doença (progresa hacia una enfermedad) clínica. No entanto (Por lo tanto), a detecção de altos títulos de vários anticorpos simultaneamente indica um processo agressivo e prediz a progressão para o (y predice la hacia la) diabetes manifesto.1 As manifestações clínicas desse distúrbio (de este trastorno) metabólico surgem quando cerca de 80% das células ß foram destruídas.2 O início do processo, bem como a mudança da (así como el cambio hacia de la) autoimunidade benigna para (hacia la) agressiva pode requer a influência (puede involucrar la influencia) de fatores ambientais.3 Esses fatores compreendem infecções virais, dieta precoce na infância e (temprana en la infancia y) toxinas.
Durante o processo autoimune, as células produtoras de insulina são destruídas pela infiltração progressiva de células inflamatórias, particularmente por linfócitos T autorreativos.1 Esse período da doença é conhecido (de la enfermedad es definido) como período assintomático e pode durar anos até que sinais clínicos do diabetes apareçam (años hasta que los síntomas clínicos de la diabetes aparezcan). Entretanto, dada a natureza autoimune da doença, anticorpos específicos contra componentes das ilhotas pancreáticas (de los islotes pancreáticos) podem ser detectados nesse período. Tais (Estos) autoanticorpos possuem uma grande relevância na predição e diagnóstico da doença.*
Os marcadores humorais mais (Los marcadores humorales más) frequentes da agressão imune são os (son los) anticorpos anti-insulina (IAA), anti-ilhotas de Langerhans citoplasmático (ICA), anti-enzima descarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD) e antiproteína de membrana com homologia às tirosino-fosfatases ou antígeno 2 do insulinoma (anti-IA2).4 Esses marcadores, sozinhos ou (solos o) combinados, são encontrados em 85%-90% dos indivíduos com diagnóstico recente de DBT1.5
O ICA é um anticorpo da classe IgG, policlonal. Esse anticorpo é dirigido a uma ou várias estruturas celulares ao mesmo (al mismo) tempo (GAD65, IA2 e outros antígenos). A detecção desses autoanticorpos pode ser realizada após o aparecimento do (después de la aparición del) anti-GAD e praticamente confirma o diagnóstico da doença autoimune, ocorrendo em cerca) de (sucediendo en alrededor del) 50%-80% dos pacientes.6
O IAA predomina nas crianças (en los niños), particularmente nas de sexo masculino, sendo menos frequente em adultos, em que tem baixa (en quienes tiene baja) sensibilidade diagnóstica. É também encontrado no soro de pacientes em uso de (en el suero de los pacientes que utilizan) insulina, logo, não serve (por lo que no sirve) como marcador nesses (en esos) casos.4 Esses autoanticorpos podem ser detectados em 50% dos pacientes diabéticos.6
O anti-IA2, assim como o IAA, é mais comum também entre indivíduos jovens (até 15 anos [hasta 15 años] de idade) e indica rápida progressão para o diabetes manifesto.4 Tais anticorpos podem ser detectados em 60%-70% dos pacientes jovens ao início da doença (en el inicio de la enfermedad), e a sua presença está associada com uma rápida progressão à doença em indivíduos não diabéticos.7 A presença de anticorpos anti-IA2, juntamente com anti-GAD representa um marcador altamente preditivo para o desenvolvimento de (predictivo para la evoluación de la) DBT1 em humanos.
Ao longo dos anos, a maior (A lo largo de los años, la mayor) parte desses autoanticorpos desaparece da (en la) circulação periférica. Apenas alguns pacientes possuem anticorpos circulantes após 10 anos de doença (después de 10 años de enfermedad). O IAA apenas tem valor clínico na classificação se medido antes do início do (sólo tienen valor clínico en la clasificación si se miden antes del inicio del) tratamento com insulina exógena. Portanto, ICA e IA2 e IAA têm um papel limitado na investigação de pacientes com diabetes há longo tempo. Uma exceção é o (Una excepción es el) anti-GAD que, ao contrário do que geralmente ocorre com os demais,8 o anti-GAD tende a ser o primeiro marcador a (tiende a ser el primer marcador en) aparecer, anos antes do início da doença,9 e pode ser detectado por vários anos após o diagnóstico do DBT1. Por esse motivo, o anti-GAD é considerado o marcador de autoimunidade ideal a ser utilizado na investigação etiológica adequada.10
O anti-GAD, principal antígeno na patogenia do DBT1, é uma enzima que catalisa a formação do ácido gama amino butírico (GABA), transmissor neuroinibidor do sistema nervoso central, a partir do L-aspartato. Duas formas são reconhecidamente expressas nos tecidos (visibles en los tejidos) humanos: GAD65 e GAD67. Apesar de o anti-GAD ser detectado em cerca de 50%-80% dos pacientes recentemente diagnosticados,11 esse autoanticorpo é frequentemente associado a outras doenças auto-imunes, e sua presença não necessariamente implica progressão rápida para o diabetes.4
O anti-GAD possui uma sensibilidade de diagnóstico de 75%-85% e especificidade de 98%-99%. Esses autoanticorpos podem ser avaliados na (evaluados en la) prática clínica em situações em que os casos de diabetes não podem ser classificados baseados apenas na apresentação (con base sólo en la presentación) clínica.12
Embora se saiba que o (A pesar de que ya se sabe que el) anti-GAD possa permanecer positivo por diversos anos após o diagnóstico do DBT1 ou ainda aparecer ao longo do curso da doença(o aparecer a lo largo del curso de la enfermedad), ainda não está esclarecido (todavía no está detectado) porque essa positividade se mantém ou surge. É possível que a positividade do anti-GAD65 esteja relacionada a uma função de células ß residuais.13 Também é desconhecida a importância dessa persistência na prática clínica.14
A etiologia precisa da maioria das doenças autoimunes, assim como do diabetes, permanece inexplicada. No entanto, a detecção de múltiplos anticorpos prediz o desenvolvimento do diabetes e praticamente confirma o seu diagnóstico inúmeras vezes quando este não pode ser realizado baseado apenas na (en múltiples ocasiones cuando éste no puede basasrse solamente en la) sintomatologia. Autoanticorpos contra antígenos das células ß podem ser marcadores preditivos, e os autoantígenos identificados podem ser utilizados na modulação de uma terapia contra os mesmos (en la modulación de una terapia contra estos mismos).

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